Avanços do Centro de Referência da Mulher de Gramado

Números mostram avanços no trabalho do Centro de Referência de Atendimento à Mulher em Gramado

De acordo com levantamento realizado pelo Gabinete da Primeira-Dama de Gramado, os números de atendimentos no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) da cidade demonstram a evolução do trabalho nesses primeiros três meses do ano.

Em 2016, 31 mulheres foram atendidas pela equipe do CRAM durante todo o ano, número bastante inferior ao somatório do primeiro trimestre de 2017, quando foram 21 novos casos atendidos pelos técnicos na nova gestão, totalizando um acréscimo de quase 200% em procura mensal no Centro.

A coordenadora do Centro de Referência de Políticas Públicas para Mulheres, Camila Dalarosa, conta que mais mulheres têm procurado o auxílio do CRAM e reforça a importância do trabalho realizado pela equipe. “É importante termos um atendimento que tenha qualidade e seja eficiente para dar um maior apoio às mulheres em situação de violência doméstica, acolhendo e auxiliando as usuárias a se libertarem desse ciclo”, ressalta.

Além disso, a primeira-dama Bianca Bertolucci luta pela implantação de um Posto da Delegacia da Mulher em Gramado buscando ampliar a rede de proteção à mulher. Hoje, as mulheres em situação de violência buscam ajuda junto à Delegacia de Polícia, que somou 34 ocorrências no primeiro trimestre deste ano, número inferior ao primeiro trimestre de 2016 quando foram 48.

A equipe do CRAM lembra que estes números não se somam, e que a mesma mulher que buscou ajuda no Centro é orientada a registrar o Boletim de Ocorrência (B.O.) e vice-versa. “Estamos caminhando para ampliar nossas ações de proteção à mulher, trabalhando de forma integrada com os órgãos públicos que fazem parte da rede”, declara a coordenadora.

 

Violência doméstica não se resume à agressão física

A Lei nº 11.340/2006 que ficou conhecida como “Lei Maria da Penha” protege mulheres que sofrem agressão, mas o que nem todos sabem é que a violência doméstica vai muito além da agressão física.

Conforme dados fornecidos pela Delegacia de Polícia, os fatos mais recorrentes nos três primeiros meses do ano foram ameaça, seguido de lesão corporal, perturbação da tranquilidade, violação de domicílio e vias de fato.

A coordenadora do CRAM, Camila Dalarosa, lembra que a violência contra a mulher pode acontecer em qualquer lugar e a mulher está amparada pela Lei perante a violência física, psicológica, moral, sexual e patrimonial.

“É importante que as mulheres que sofram agressões, seja esporádica ou diariamente, procurem o CRAM para atendimento psicológico e social. Precisamos lutar sempre para que este tipo de comportamento diminua, e o CRAM tem como função justamente apoiar estas mulheres”, finaliza Camila.

O CRAM fica aberto de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h30min às 17h, na Rua Augusto Bordin, 296, no bairro Floresta. Contatos também podem ser feitos pelos telefones (54) 3286.0773 e (54) 98406.2944. Já denúncias devem ser feitas na Central de Atendimento à Mulher discando o número 180.

Texto e créditos: Marlova Martin